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Câmara de Cachoeirinha aceita denúncia e abre processo de impeachment contra prefeito e vice

  • Foto do escritor: Elisandro Ronaldo Vieira Corso
    Elisandro Ronaldo Vieira Corso
  • 21 de out
  • 2 min de leitura

Cachoeirinha (RS) – A Câmara de Vereadores de Cachoeirinha aprovou, na noite desta terça-feira (21), a abertura do processo de impeachment contra o prefeito Cristian Wasem e o vice-prefeito delegado João Paulo.

A denúncia, apresentada pelo suplente de vereador Almeida Xereta (PL), foi aceita por 13 votos a 4 durante uma sessão extraordinária convocada exclusivamente para analisar o caso.


O pedido tem como base a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida pelo ex-candidato a prefeito David Almansa, que tramita na Justiça Eleitoral. A audiência de oitiva de testemunhas dessa ação também ocorreu nesta terça-feira.


Segundo Xereta, o pedido de impeachment se apoia em oito supostas irregularidades cometidas durante o período pré-eleitoral de 2024. Entre os fatos apontados, ele destaca dois como mais graves:


  • a distribuição de 14 mil pares de tênis a estudantes da rede municipal, custeados com quase R$ 1 milhão de recursos públicos, poucos dias antes da eleição;

  • e o repasse de cerca de R$ 2,75 milhões a terceiros e pessoas jurídicas durante as enchentes do ano passado, o que, segundo o denunciante, teria ocorrido com fins eleitoreiros.



Outros pontos destacados na denúncia incluem:


  • uso de redes sociais e páginas oficiais da Prefeitura para atacar adversários e enaltecer a gestão;

  • postagens no perfil oficial da administração municipal com críticas a partidos e candidatos da oposição;

  • e transferência de recursos para uma servidora ligada à base política do prefeito durante o período eleitoral.




“Vitória da população”, diz Xereta



Após o resultado da votação, Almeida Xereta afirmou que a decisão da Câmara representa uma conquista para os cidadãos de Cachoeirinha.


“É uma vitória da população, não minha. A cidade está abandonada, a Polícia Federal está investigando a Prefeitura, então para mim é uma lavada. Agora a responsabilidade está nas mãos dos vereadores, e eu vou cobrar”, declarou.



Sessão marcada por tensão



A presidente da Câmara, Jussara Caçapava, conduziu a sessão sem permitir questões de ordem. O vereador Edson Cordeiro tentou se manifestar para questionar o texto da denúncia, alegando que não estava claro o que exatamente seria votado, mas não teve o pedido atendido.



Próximos passos



Com a aceitação da denúncia, será formada uma Comissão Processante em até cinco dias para conduzir as investigações.

O prefeito e o vice serão notificados e terão prazo para apresentar defesa prévia por escrito, podendo indicar até dez testemunhas.

O processo segue as regras do Decreto-Lei nº 201/1967, que regulamenta a apuração de infrações político-administrativas.



Votaram a favor da abertura do processo:



  1. Flávio Cabral (MDB)

  2. Gilson Stuart (Republicanos)

  3. Gustavo Almansa (PT)

  4. Léo da Costa (PT)

  5. Mano do Parque (PL)

  6. Marcelinho (MDB)

  7. Otoniel Gomes (MDB)

  8. Paulinho da Farmácia (PDT)

  9. Sandrinha (Republicanos)

  10. Tiago Eli (PP)

  11. Zeca Transportes (MDB)

  12. Jussara Caçapava (Republicanos)

  13. Pricila Barra (Podemos)


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