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Como suspeito preso em Gravataí extorquia com golpe dos nudes usando nome do procurador-geral do RS

  • Foto do escritor: Felipe Ramos
    Felipe Ramos
  • 28 de mai.
  • 2 min de leitura
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deflagrou nesta terça-feira, 27 de maio, a Operação Verdade Nua, cumprindo mandado de busca e apreensão em Gravataí.

O alvo é um homem de 23 anos, que usava nome e imagem de autoridades estaduais para aplicar o “golpe dos nudes”, caracterizado por extorsão e falsa identidade. O criminoso, que já utiliza tornozeleira eletrônica por outros delitos, tentou extorquir uma vítima de 25 anos em Sergipe, exigindo R$ 3 mil para não vazar fotos íntimas.

A operação, conduzida pela promotora Maristela Schneider, coordenadora do 2º Núcleo do GAECO, contou com apoio da Brigada Militar e do cão farejador Tobias. O investigado atuava em duas etapas: primeiro, se passava por um adolescente que iniciava conversas íntimas pelo Instagram e WhatsApp para obter nudes; depois, usava outro número para se apresentar como autoridade – como o próprio procurador-geral de Justiça do RS –, ameaçando a vítima com processos criminais por supostamente ter se envolvido com um menor.

A investigação começou em janeiro, após a vítima sergipana desconfiar do DDD 51 (RS) e acionar o MPRS. “Ela não pagou, o que permitiu rastrear as contas e bloquear chaves PIX usadas pelo criminoso”, explicou Maristela. Além da apreensão de dispositivos, a Justiça autorizou a quebra de sigilos bancário e telefônico.

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A estratégia e o perfil do golpista

O suspeito criava uma falsa identidade de menor. Iniciava conversas por redes sociais, induzindo a troca de fotos íntimas. A extorsão era feita como autoridade: usava outro número para ameaçar a vítima, alegando ser um promotor ou juiz que “interromperia a investigação” mediante pagamento.


“Já se fizeram passar por policiais, juízes e até promotores. Autoridades não pedem dinheiro – isso é crime”, alertou a promotora, destacando que o objetivo da operação é coibir a prática e identificar mais vítimas.

O suspeito usava contas bloqueadas pelo GAECO e chaves PIX vinculadas a golpes. Ele oferecia “acordos” para suposto tratamento psicológico do “adolescente” ou para encerrar o caso.


Como se proteger e denunciar

: Evitar conversas com perfis desconhecidos e troca de nudes.

: Desconfiar de flertes excessivos e pedidos rápidos por intimidade.

: Solicitar videochamadas ou encontros em locais públicos para confirmar identidades.

: Registrar boletim de ocorrência e contatar o MPRS pelo telefone (51) 3295-1100 (Porto Alegre) ou via email atendimentovitimas@mprs.mp.br.

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